Pages

25 novembro 2010


ABC da Chanel









Gabrielle Chanel revolucionou a moda, criou um estilo e deu vida a uma das marcas mais desejadas pelas mulheres.


A
Arthur Capel. Mais conhecido como Boy, o inglês foi o grande amor de Gabrielle e o maior incentivador de seu trabalho: foi ele quem financiou a primeira loja em Deauville e a maison de Biarritz, inaugurada em 1916. 
B
Beleza. Do corte de cabelo ao perfume Chanel No 5, eternizado por Marilyn Monroe, a grife lançou muitas modas também na beleza. Atualmente, os esmaltes estão entre os itens mais cobiçados.


C

Cambon. A primeira loja é aberta nesta rua, em Paris, em 1910, para vender apenas chapéus. Desde 1921, o endereço abriga também as roupas. Não à toa, Cambon é o nome de uma das bolsas mais icônicas da etiqueta. 

Camélia. Associada ao demi-monde e aos dândis, a flor foi adotada por Chanel como símbolo de sua marca.


D
Deauville. Antes de estourar a Primeira Guerra Mundial, Gabrielle inaugurou uma loja nesse balneário francês. Lá, uniu suas três paixões — mar, cavalos e homens — e passou a fazer roupas inspiradas nos marinheiros. 

E

Étienne Balsan. Primeiro amante de Gabrielle, ele a introduziu à alta sociedade parisiense e a ensinou a gostar de cavalos. Foi em sua garçonnière em Paris que Coco começou a criar chapéus.


F

Fulco Di Verdura. O duque criou uma das peças mais emblemáticas da Chanel: o bracelete de metal esmaltado com cristais fake, desenvolvido nos anos 1930. Chanel nunca mais abandonou a ideia do “fake fabuloso”.

G

Garçonne. Saem as cabeleiras e curvas da belle époque, entra em cena o look boyish, típico dos anos 1920, amplamente difundido por Gabrielle.


 H

Haute-couture. A Chanel é uma das pouquíssimas marcas que podem ter a alta-costura associada ao seu nome, já que possui sede em Paris e trabalha com os melhores fornecedores, como o ateliê de bordados Lesage. 

I

Iribe, Paul. Ilustrador, designer e decorador, ele desenvolveu com Chanel a primeira linha de joias da grife, repletas de diamantes — até 1932, data do lançamento, ela era forte defensora das bijoux.
 


      J

      Jérsei. Usado na confecção de roupas íntimas, o tecido ganhou as ruas em 1913 graças a Chanel, que passou a usá-lo em vestidos e redingotes. Recentemente, o jérsei foi usado na bolsa 2.55.


  K
  Karl Lagerfeld. Em 1983, o alemão, que despontou na moda aos 17 anos, assume a direção criativa da marca e coloca a Chanel novamente entre as principais labels do mundo. Sua fórmula? Recriar e modernizar os clássicos, reforçar o poder do duplo C e desenvolver a cada temporada novos objetos de desejo.

   L
    
   
Little Black Dress. O pretinho básico, de 1926, nasceu em meio à febre déco — que privilegiava o preto. Hoje é o maior curinga do guarda-roupa feminino. O “Ford dos vestidos”, nas palavras da Vogue americana.


    

M

Misia Sert. Musa fin de siècle, a pianista apresentou Chanel aos boêmios e artistas mais célebres da época, como Jean Cocteau e Salvador Dalí. 

Matelassê. O couro matelassado é uma das marcas registradas da maison.



N

Navy. Apaixonada pelo guarda-roupa masculino e pelos marinheiros de Deauville, Chanel colocou a pantalona e a blusa listrada de branco e marinho entre as peças mais clássicas da história da moda.

O

Orfanato. Órfã de mãe e abandonada pelo pai, Gabrielle passou a infância em um convento de Aubazine, onde era obrigada a se vestir de preto, a exemplo das freiras. Foi lá que nasceu a austeridade de suas roupas.


P

Pérolas. Nenhuma mulher fez tanto pelas pérolas quanto Chanel. Até para cavalgar com o duque de Westminster, ela usava seus longos e inseparáveis colares de contas (verdadeiras ou falsas), para o espanto geral da sociedade.



Q

Qui qu’a vu Coco? O refrão da música, cantado por Chanel e  repetido pelos clientes do café
 Moulins, deu origem ao seu apelido, Coco.

R

Rússia. O affair com o grão-duque da Rússia Dimitri Pavlovitch, exilado em Paris, deu origem a uma série de criações: bijoux com perfume barroco, releituras do dólmã militar (feitas em 1922) e das roubachkas (as tradicionais túnicas russas). Mademoiselle também assinou o figurino do balé Le Train Blue, de Diaghilev.


S

Stravinsky, Igor. Especula-se que o compositor, que mudou a música do século 20 com A Sagração da Primavera, foi um dos amantes de Gabrielle. Ela incentivou fortemente o artista e chegou a abrigar sua família.



T
Tiracolo. A 2.55, a mais célebre bolsa da Chanel, é lançada em fevereiro de 1955 — daí seu nome. A ideia era fazer um modelo prático, que pudesse ser usado no ombro, e não carregado na mão. Uma revolução para a época.


U

Unissex. E Chanel inventou a moda unissex. O exemplo mais famoso é a calça, mas havia também o suéter, as gravatas... Tudo roubado deles!

V

Velô. A primeira bicicleta da grife é lançada em 2008. Pretinha e “básica”, vem equipada com duas sacolas de couro matelassê com o famoso CC. O esporte nunca foi tão chic. 

X

A capa de ELLE de 1957 saúda o retorno de Chanel.
Xeque-mate. Depois da Segunda Guerra, Chanel reabriu as portas em 1954, numa espécie de revanche ao New Look de Dior. Rapidamente, ganha o apoio das principais revistas da época.












W

Westminster. Influenciada pelo seu amante, o duque de Westminster, Chanel desenvolveu, em 1928, o primeiro tailleur de tweed. Até 1931, ela viveu sua chamada “fase inglesa”, repleta de peças inspiradas no castelo de Eaton Hall.



Y

Ylang-ylang. O perfume Coco, cria do em 1984 para homenagear Gabrielle Chanel, leva ylangylang, uma nota oriental, dita afrodisíaca.

Z

Zurique. A Chanel está presente em 43 países — na Suíça, uma das lojas fica em Zurique. E neste mês a marca aterrissa no Brasil.